
Pego uma caneta
e arranco do caderno
uma folha
Encaro-a
Tic-tac-tic-tac-tic-tac-tic-tac
E o papel ainda em branco
Levanto da cadeira
e vou dar uma volta
Tic-tac-tic-tac-tic-tac
Sento outra vez
e encaro o papel de novo
Pego a caneta e começo a riscá-la com o papel
Passam-se alguns minutos
Casa - sol - árvore - nuvens
Rabiscos que mal podem
ser chamados de desenhos
mas nenhuma palavra
Levanto outra vez
pego meus fones
coloco as músicas no volume máximo
deito na cama
fito o teto por alguns instantes
e fecho os olhos
Tic-tac-tic-tac
Saio da cama
Bebo duas xícaras de chocolate quente
e sento na cadeira
mais uma vez
Encaro o papel
e ele parece encarar-me de volta
desafiando-me a preencher suas linhas
Tic-tac
Nada me vem a cabeça
Há apenas esse insano
e incontrolável
desejo de escrever
Mas parece que hoje
a poesia não quer
se manifestar através de palavras
Ela está arredia, rebelde
Se recusa a deixar-se prender
na forma de poema
Tic
Finalmente desisto
Talvez amanhã...
Amasso o papel
e jogo no lixo
Apago a luz
e vou dormir.
3 comentários:
D+, tudo isso pq n estava com inspiração. São coisas que acontecem, e em meio essa dificuldade ela conseguiu escrever um excelente poema. d+
obrigada anjo
Mas não é que vc cponseguiu fazer um? Quer conhecer meu blog tbm de poemas? basta acessar: www.qbonecadoll.blogspot.com. Tchauzinho.
Postar um comentário