quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Singeleza



Ele chegou abraçando-a por trás e beijando-lhe carinhosamente o pescoço. Sem sair do abraço, ela se virou de frente para ele e ele lhe deu um beijo doce nos lábios. Depois, entrelaçou seus dedos nos dedos da mão dela e abrindo um sorriso disse:
- Vem.
Mas ao invés de conduzi-la para a cama, como ela pensou que ele o faria, ele a guiou para fora do quarto. Antes de sair ele pegou o livro que estava em cima da penteadeira, um livro de poesia velho e desgastado - comprado em um sebo - mas que era o preferido dela e que já havia sido lido várias vezes pela dona. Com o livro numa mão e a mão dela na outra, ele a levou até o terraço e ambos deitaram na rede que estava armada ali. Ela encostou a cabeça no peito dele e ele, por sua vez, a abraçou. Então ele começou a embalar a rede e a ler em voz alta o primeiro poema. Ao acabar, ele entregou-lhe o livro para que ela lesse o segundo e assim os dois pudessem revezar a leitura. E dessa forma, entre embalos e poesia, eles seguiram noite adentro até adormecerem.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Vitória

Quando na noite escura o sol brilhar
da montanha O Cordeiro descerá
e abrindo a sua boca Aslam rugirá.

Quando a trombeta soar
cada joelho se dobrará
e quem não creu lamentará.

Quando O Noivo se revelar
a Terra tremerá
e a Noiva Ele levará.

Quando esse dia chegar
O Cordeiro, O Leão a serpente esmagará
e a guerra por fim vencerá.