sexta-feira, 23 de setembro de 2011

2 anos...



Descobri que criei o blog num período muito conturbado do ano. Tanto ano passado com neste eu planejei fazer algo diferente, mas quem disse que eu tive tempo de colocar os planos em prática???
Esses dias eu estava sem internet, mas ela voltou hoje e eu passei aqui apenas para agradecer por todo o carinho de vocês, leitores, durante esses dois anos.
Durante esse período eu conheci muitas pessoas, livros, filmes e músicas novos. Cresci, amaduresci, me infantilizei, mudei, desenvolvi e parte disso eu devo ao blog.
Então, obrigada pela companhia e que venham os próximos aniversários! E se o tempo permitir e eu me organizar uns três meses antes ano que vem faço uma comemoração de aniversário decente ;)


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Vem Sentar-te Comigo, Ricardo



Se queres que eu sente contigo, Ricardo, à beira do rio,
Saiba desde já que não sou Lídia
Gosto do sossego, do calmo e do tranquilo
Gosto do silêncio e de fitar o rio.

Mas gosto ainda mais
Do desassossego que sucede o sossego
Do barulho que nasce do silêncio da contemplação.

Gosto do suave e do intenso
Da calmaria e da agitação
Sejamos, Ricardo, crianças adultas
E adultos crianças
Pois nem sempre há mal na contradição.

Que não haja ódios nem invejas
E que os cuidados sejam moderados
Mas que os amores e as paixões
Gritem para que todos ouçam
E sussurrem apenas para o outro ouvir.

Se queres sentar-te comigo, Ricardo
Saiba que enlaçaremos as mãos e muito mais.
Amaremo-nos tranquilamente
E destranquilamente também
Porque, além de conversas,
eu gosto de beijos e abraços e carícias.

Sou masoquista e egoísta.
Se fores sombra antes,
Prefiro que a tua lembrança me arda, me fira e me mova
A não conhecer o gosto teu.
E, se primeiro ao barqueiro sombrio o bolo eu levar,
Quero que - à beira do rio - minha lembrança
Te faça sorrir e chorar.
Porque não sou pagã e nem triste,
Mas levo flores no regaço.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O Non-Sense e A Diversão

Pesquisa baseada nas letras de cantigas e histórias infantis e na observação de crianças e de pseudoadultos comprovam que a melhor diversão está fundamentada no non-sense, na falta de sentindo, na loucura. 


Depois de meses de trabalho duro e inúmeras pesquisas de campo, os melhores e mais competentes cientistas do Folle Institute  chegaram à conclusão de que a mais prazerosa forma de diversão está intimamente associada ao que a sociedade chama de "loucura". Além disso, eles afirmam que ela traz muitos benefícios à saúde. Ter conversas malucas e falar idiotices com os amigos, dançar de forma espontânea e louca, cantar - mesmo que seja desafinadamente, sair de casa quando começa a chover para banhar na chuva, tomar sorvete enquanto caminha na chuva*, relembrar brincadeiras, músicas e desenhos que marcaram a sua infância, gritar no meio da rua, assistir vídeos idiotas no youtube, tudo isso faz um bem inacreditável ao modo de vida de qualquer ser humano.

Os cientistas dizem que rotinas são importantes e que todas as pessoas precisam delas, mas em excesso elas podem levar qualquer um ao estado de fadiga e estresse extremo. Por isso a loucura é de extrema importância, ela serve para quebrar a rotina ocasionalmente. Não é preciso que seja uma loucura muito grande, apenas algo que muitos consideram sem sentido e até inútil já é suficiente."Rodar sem sair do lugar até ficar tonto pode causar um êxtase indescrítivel - o mesmo efeito que algumas drogas possuem - e é um ótimo exemplo do que consideramos ser uma diversão baseada na loucura", afirma o Dr. Richard Gotcrazylyfreaky, chefe da pesquisa.

Caso você não saiba como adicionar uma pitada de non-sense à sua vida, eles aconselham que peça ajuda à uma criança, elas são experts nesse assunto e excelentes professoras também.


Apesar de tantos benefícios, os cientistas recomendam que toda essa loucura seja cuidadosamente dosada porque - como muitas outras coisas - em excesso, ela pode surtir o efeito contrário e acabar fazendo mal à saúde. Além disso, ela possui a capacidade de viciar igualada a das mais poderosas drogas. 


Então, seja louco e divirta-se porque ser normal é ingresso certo para uma estadia na casa verde.



*Experiência relatada pelo meu amigo Weber e que pretendo experimentar assim que tiver a oportunidade.





domingo, 11 de setembro de 2011

2011...

Tava pensando com meus botões que esse ano de 2011 definitivamente não foi um dos melhores, mas - apesar dos pesares - ele valeu a pena por causa das pessoas que eu conheci e das experiências que tive. E como o ano ainda não acabou e muita coisa ainda pode acontecer, eu vou continuar lutando. Vai que no fim das contas contas acontece uma reviravolta? ;)




sexta-feira, 9 de setembro de 2011

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O Amor que Eu Quero...





Escrevi esse texto pensando não só no que eu queria pra mim, mas também no que eu queria oferecer. Assim eu não correria o risco de pedir nada que eu não estivesse disposta a dar também. Tem um certo tempo que eu escrevi, mas acho que é um texto sempre válido. Espero que gostem.


Quero um amor simples, calmo, que me dê paz. Um amor que eu sinta certo, a cujos braços eu pertença e neles encontre segurança.

Quero um amor intenso. Capaz de, em um segundo, passar de calmaria a vulcão. Um amor que se lembre que sou menina e mulher e que satisfaça tanto a uma quanto a outra.

Quero um amor inocente. Um amor puro. Um amor sonhador. Quero um amor que, por mais conhecido que se torne, ainda seja capaz de surpreender. Quero um amor criativo. Um amor que saiba a importância de se criar uma rotina e de se fugir dela ocasionalmente.

Quero um amor com sabor de sorvete e brigadeiro, vinho e chocolate quente. Quero um amor que tenha o cheiro da terra molhada e do início do dia. Um amor que aprecie a poesia; que entenda que ela vai muito além das palavras escritas em um poema, se estendendo pelo beijo, pela música, pela dança e por tudo o que existe.

Quero um amor que me aguente com meus defeitos e manias. Com o qual eu me sinta à vontade. Quero um amor que saiba cuidar e respeitar, que me dê colo e enxugue as minhas lágrimas, me faça sorrir e me deixe contente, um amor que me irrite e me tire do sério. Um amor que saiba amar. Um amor que eu faça sorrir e o deixe contente, um amor que eu seja capaz de tirar do sério. Um amor que eu satisfaça. Quero um amor que se deixe ser cuidado e amado.

Quero um amor que divida a cama, mas não o lençol!

Quero um amor que me venha de Deus e me aproxime dEle.

Quero um amor que aqueça e espante todo o frio, mas que seja capaz de fazer tremer até bater o queixo e arrepiar a pele.

Quero um amor romântico e um amor confidente. Quero um amor amigo e um amor companheiro... Um amor sorridente... Um amor fiel... Um amor recíproco... Um amor sereno... Um amor ardente... Um amor apaixonado. E, sobretudo, quero um amor amante.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A Negociadora




Kate O'Malley, policial especializada em negociações que envolvem reféns, altos riscos e ameaças, tornou-se quase uma lenda por sua habilidade em obter acordos bem sucedidos, mesmo desafiando as condições mais desesperadoras e chocantes.
Desde seu primeiro encontro, resultante de um assalto a banco, Kate e seu colega, o agente do FBI Dave Richman, atuam em parceria. E, embora dotados de personalidades antagônicas, sentem um pelo outro uma inexplicável atração. Dave, por exemplo, tem tudo para perder sua fé em Deus, mas não a perde; enquanto Kate é a própria descrença em pessoa. Mas será que, diante de uma situação tão inusitada que se lhes apresenta, conseguirão juntos enfrentar e superar os perigos que os aguardam? Como poderá Dave abrir mão da necessidade de proteger Kate, se justamente o trabalho dela é o de arriscar constantemente a própria vida?
Uma coisa, porém, Dave não tem como evitar: que um segredo de Kate O'Malley venha à tona, do passado, para persegui-la - e até ameaçá-la de morte.
(Sinopse retirada da contracapa do livro)

Agora eu entendi porque a Cíntia e o Felipe gostaram tanto desse livro a ponto de fazerem um booktour. 

Adorei os irmãos O'Malley. A forma como eles convivem, se protegem, amam e cuidam uns dos outros é linda. Eles são super-divertidos e eu sorri muito com todos eles. A Kate é uma mulher forte, teimosa, independente, inteligente e de um humor irônico.  Dave tem essas mesmas características e por isso tem certa dificuldade em protegê-la (assim como ela em se deixar proteger), mas ele tem os homens Marcus e Stephen O'Malley para ajudá-lo nessa difícil tarefa. Amei  a forma como o relacionamento deles se desenvolveu, devagar, sem pressa, à medida que ambos foram se conhecendo. Os diálogos deles foram excelentes, do tipo que nos deixam doidos pro romance acontecer logo.

O enredo é tenso e intenso. O mistério vai se desenrolando aos poucos e ficamos ansiosos pra descobrir a verdade. É o tipo de história que te prende, te faz sentir o que as personagens sentem.

Outra coisa que eu gostei muito foi a forma como o cristianismo é tratado. Nada forçado. A Kate mesmo fica admirada por nem o Dave nem a Jennifer tentarem obrigá-la a crer. E isso foi muito legal. 

Gostei bastante do livro e já estou com vontade de ler o resto da série e conhecer a história dos outros irmãos O'Malley. Leitura mais do que recomendada.




sábado, 3 de setembro de 2011

Um Dia



Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988. Ambos sabem que no dia seguinte, após a formatura na universidade, deverão trilhar caminhos diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não conseguem parar de pensar um no outro. Os anos se passam e Dex e Em levam vidas isoladas - vidas muito diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento muito especial que os arrebatou naquela primeira noite, surge uma extraordinária relação entre os dois. Ao longo dos vinte anos seguintes, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas, esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro significado desse dia crucial é desvendado, eles precisam acertar contas com a essência do amor e da própria vida.
(Sinopse retirada da contra-capa do livro)

Sabe quando você fica morrendo de vontade de ler um livro e não sossega enquanto não conseguir? Pois é... foi assim com "Um Dia". Depois de ler algumas resenhas e assistir ao  trailer do filme, eu simplesmente me encantei pela história. E, num arroubo de desejo, acabei comprando o livro. Talvez por isso tenha esperado só um pouquinho mais dele.

Vamos por parte. A maneira como Nicholls escreve a história de Em e Dex, Dex e Em é muito criativa. Ele  conta a vida de ambos ao longo de 20 anos, mas conta apenas o que acontece no dia 15 de julho. Só que ele vai nos dando pistas para que possamos entender o que se passou durante o resto do ano e assim não ficamos perdidos. Essa maneira diferente de narrar foi o que me chamou atenção em primeiro lugar.  E ela também nos permite acompanhar o amadurecimento das personagens de forma notável.

O enredo é doce, triste, agitado, monótono, alegre, irritante, sonhador, engraçado etc. dependendo do ano que você está lendo. Alguns momentos eu chorei de rir, em outros eu fiquei com raiva e em outros eu fiquei com aquela leve sensação de tristeza. Quanto ao final do livro... eu gostei, mas achei meio frustrante. Não esperava que fosse assim. 

Emma é uma pessoa agitada, que quer salvar o mundo e fazer mil coisas ao mesmo tempo. Mas ela pode ser muito irritante e tapada às vezes. Em alguns momentos eu me identifiquei muito com ela, nem tanto na maneira de agir, mas mais na maneira de sentir.  Já Dexter é um idiota irritante na maior parte do livro, mas também sabe ser muito fofo quando quer. Ele não quer nada com a vida no início do livro, mas com o tempo ele vai aprendendo a ser responsável. Ah! E eu tenho que dizer que adorei a doida da mãe dele, a Allison. Ela é uma figura! 

"Um Dia" não é daqueles livros pra se ler num fôlego só. É pra ser degustado, lido aos poucos. Eu gostei bastante do livro (apesar de, como já disse, ter esperado um pouquinho mais dele.) e recomendo a leitura. Já estou ansiosa pra assistir ao filme, só acho uma pena ele estrear no dia 4 de novembro. Deveria ser no dia 15 de julho! Pra fechar eu deixo o trailer do filme: 

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Pensamento do dia:



E eu pergunto pras estrelas se você conversa com elas, se também já é capaz de entendê-las...