Ele chegou em casa e sentiu o delicioso cheiro que exalava da cozinha. Apesar do cheiro agradável, ficou receoso de descobrir qual era a gororoba que ela estava inventando dessa vez. Cauteloso, dirigiu-se para lá e parou na porta admirando-a.
''Deus! Como ela é linda!'' - ele pensou. Ela estava ao fogão, só de camisola e ele conseguia ter uma boa visão de todas as curvas do seu corpo. Ele sabia que ela estava se achando gorda, já que ela não parava de reclamar disso, mas, para ele, ela nunca esteve tão linda e ele não conseguia não se sentir incrivelmente sortudo por ter se casado com ela.
Ele se aproximou, abraçou-a por trás beijando-lhe o pescoço, depois se ajoelhou de frente para ela e beijou-lhe a barriga. ''Oi coisinha linda.'' - ele sussurrou para a barriga. ''Precisamos escolher logo um nome. Você não pode ficar chamando o bebê de coisinha linda para sempre.'' - ela replicou. Ele sorriu, se levantou e a fitou de uma maneira doce e ao mesmo tempo intensa. E nos olhos dele ela viu carinho, desejo e fome. Uma fome que ela conhecia muito bem, uma fome que ela sabia que só ela seria capaz de saciar. Era impressionante como, depois de tantos anos, ele ainda a desejava com a mesma intensidade ou até mais. Ela estava tão inchada que a aliança já não cabia em dedo algum e era levada no pescoço pendurada em um cordão. Seu humor oscilava diariamente de doce a melodramático a completamente irritante. E ainda assim, ele a queria, a fazia sentir-se desejável.
Ela corou como quando nos primeiros meses de namoro. ''Acho que posso acabar isso depois.'' - ela disse desligando o fogo e olhando-o com a mesma intensidade. Ele sorriu radiante, pegou-a pela mão e a levou para o quarto.